11 de fevereiro de 2010

Jovens fora da escola


O Brasil tem uma população de mais de 21 milhões de adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos. E nem todos têm a mesma qualidade de vida e as mesmas oportunidades. Cerca de 8 milhões vivem em famílias que recebem menos de meio salário mínimo por mês. São menos de 200 reais para toda a família comer, se vestir, cuidar da saúde e da casa!

A pobreza limita a vida dos adolescentes: tira deles a escola, obriga-os a trabalhar e faz deles os principais alvos da violência.

Pelas leis brasileiras, só pode começar a trabalhar quem já completou 14 anos de idade. E até os 16 anos ele só pode trabalhar como aprendiz – ou seja, aprendendo uma profissão. Entre 16 e 17 anos, o adolescente pode até trabalhar, mas nunca em locais insalubres – sem ventilação, por exemplo – e em serviços noturnos (entre 22 e 5 horas da manhã), penosos, perigosos ou prejudiciais a seu desenvolvimento.

No Brasil, 1,3 milhão de jovens com idade entre 14 e 15 anos trabalham – muitos deles não como aprendizes, mas como adultos.

O trabalho é um dos principais motivos que levam os adolescentes a abandonar a escola. É fácil entender por quê: quem trabalha tem menos tempo para estudar. Além do trabalho, a gravidez, a violência e a exploração sexual também fazem com que muitos adolescentes deixem de ir à escola.

Há também os que, desmotivados pela falta de uma escola que faça sentido para sua vida, simplesmente desistem de freqüentar as aulas. Resultado: é grande o número de adolescentes que param de estudar ou repetem muito de ano e ainda não conseguiram passar do Ensino Fundamental para o Ensino Médio. Dos 10,6 milhões de jovens com idade entre 15 e 17 anos, somente pouco mais da metade deles está freqüentando o Ensino Médio.

Apesar de o Brasil ter avançado bastante nos últimos dez anos, ainda é longo o caminho a ser percorrido para garantir, por exemplo, que os jovens de 19 anos tenham completado a Educação Básica. No Brasil, apenas 38% conseguem esse objetivo. No Nordeste, esse número cai para 22%.

Há vários caminhos para mudar essa realidade triste. Os políticos têm de melhorar as leis e os governantes garantir que elas sejam cumpridas, de verdade. O governo tem, também, de criar políticas de educação e orientação aos jovens – programas de cultura e esporte, de saúde, de prevenção da gravidez e de doenças como a aids.

Mas o caminho mais importante para essa mudança acontecer é que o próprio adolescente tenha espaço para participar mais das decisões em família, na escola, em sua comunidade e como cidadão brasileiro.

Unicef Kids

Um comentário:

  1. Por favor nos informe que dia começam as aulas do municpio, sou mãe de aluno do lindaura e até hoje não sei quando as aulas vão começar. Uns dizem q é segunda, dia 1, outros q é só dia 8; gostaria de saber pra arrumar meus filho no dia certo pra ir pra escola.

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